Os olhos são os mesmos olhos de sempre. Tocam e comovem. Emocionam. Sinto vontade de distância e não distância. É sempre essa dicotomia de sentimentos. Há desejo. A não reciprocidade me faz sentir esquisita. Ao mesmo tempo que eu queria tanto que fosse recíproco, eu rejeito que daria certo em algum ponto.
Há muito carinho da minha parte, talvez amor. Ao mesmo tempo que é ótimo se apaixonar, não é. Adoraria ser inconsequente a abrir mão da minha vida. Mas acho que cheguei num ponto onde eu não consigo mais.
Mas eu poderia ceder. Eu poderia fazer melhor. Mas a perspectiva de ir tudo muito mal me assusta. Eu não sei de onde surgiu esse senso de auto-proteção. Nem sei se eu gosto dele. Na verdade, era mais real ser inconsequente. Era mais a minha cara me jogar, e se precisar me afundar depois. Era muito mais eu chorar, chorar horas e achar que o mundo ía acabar. Não sei que acontece. Nesse exato momento eu queria que mais coisas acontecessem. Bem mais coisas.