quinta-feira, julho 26, 2007

DX

Os olhos são os mesmos olhos de sempre. Tocam e comovem. Emocionam. Sinto vontade de distância e não distância. É sempre essa dicotomia de sentimentos. Há desejo. A não reciprocidade me faz sentir esquisita. Ao mesmo tempo que eu queria tanto que fosse recíproco, eu rejeito que daria certo em algum ponto.

Há muito carinho da minha parte, talvez amor. Ao mesmo tempo que é ótimo se apaixonar, não é. Adoraria ser inconsequente a abrir mão da minha vida. Mas acho que cheguei num ponto onde eu não consigo mais.

Mas eu poderia ceder. Eu poderia fazer melhor. Mas a perspectiva de ir tudo muito mal me assusta. Eu não sei de onde surgiu esse senso de auto-proteção. Nem sei se eu gosto dele. Na verdade, era mais real ser inconsequente. Era mais a minha cara me jogar, e se precisar me afundar depois. Era muito mais eu chorar, chorar horas e achar que o mundo ía acabar. Não sei que acontece. Nesse exato momento eu queria que mais coisas acontecessem. Bem mais coisas.



domingo, julho 22, 2007

Protect me

Houve um tempo onde eu não tinha limite nenhum com meus sentimentos; o que eu sentia era isso mesmo, e cagava, literalmente cagava pro que o outro pensava. Achava que esse era o caminho, de não jogar, de ser autêntica e ir deep independente. Sim, eu me machucava muito; sim, eu chorava muito; e ainda assim isso não me fazia infeliz.
Recentemente eu achei que poderia me apaixonar. Os primeiros dias foram aquele pensamento compulsivo 24 horas. Mas o retorno não veio, não houve reciprocidade. Nos old times isso não importaria, não mudaria nada. Mas agora, me pego retraída, sem avançar e desenvolver mais sobre esse sentimento. Estou estranhando essa posição. Não é exatamente triste. É triste o relacionamento não vivido. Mas não há machucado. Não estou frustrada, não estou arrasada, não estou nada.
Quando eu sentia muito tudo, eu queria ser mais imune, me afastar mais. Agora que eu estou nessa posição é esquisito. Talvez simplesmente porque seja novo, mas não tenho certeza. Nem sei ainda se eu gostei dessa mudança.

domingo, julho 15, 2007

Tá combinado - Gal Costa.

Então tá combinado, é quase nada
É tudo somente sexo e amizade.
Não tem nenhum engano nem mistério.
É tudo só brincadeira e verdade.
Podemos ver o mundo juntos,
Sermos dois e sermos muitos,
Nos sabermos sós sem estarmos sós.
Abrirmos a cabeça
Para que afinal floresça
O mais que humano em nós.
Então tá tudo dito e é tão bonito
E eu acredito num claro futuro
De música, ternura e aventura
Pro equilibrista em cima do muro.
Mas e se o amor pra nós chegar,
De nós, de algum lugar
Com todo o seu tenebroso esplendor?
Mas e se o amor já está,
se há muito tempo que chegou
E só nos enganou?
Então não fale nada,
apague a estrada
Que seu caminhar já desenhou
Porque toda razão,
toda palavra
Vale nada quando chega o amor


Ninnguém poderia definir melhor meu momento.